quarta-feira, 13 de maio de 2015

Taser - Libertação (Prod. Melodiesinfonie)



Letra e Voz: Taser
Instrumental: Melodiesinfonie


Guardo, não guardo, ou vivo apenas este bocado
Destrancado do que é grave, enganado pela vontade
Sobrevivo a mais um entrave do que se passa deste lado
Não, não travo, simplesmente aguardo que acabe...
Experiencio o embate e parto noutro embarque
Sim, estou safo, abafado por entre mares, 
Marés, ondulações sistemáticas de pensamento
Divisões afectadas, ordenadas por peso
Ignorância elevada, intencionada, outros enredos...
É por isto que aguardo com tanto gosto, é soberbo!
E é por isto que não me afasto, que me encosto enquanto escrevo!
Estou preso... 
Estou preso à intenção de libertação
De me ver livre da grande voz, 
Da personificação,
Da unificação!
Da noção de não ser eu
Mas se existe razão, então cresce a dúvida
E é esta a única que me impede de ser teu
Porque se não sou meu... 
Se nunca fui meu...
Então do que sou feito?
De memórias alheias?
De factos aleatórios?
Serei feito do que me escapa das mãos?
Serei feito do que nunca quis ser?
Serei eu? Será esse o meu eu, o que é meu...
O que por posse, assume todo o cíume
O que absorve, que porém se implode em volume
Que explode por consumo, que corre por turnos, 
Que se queima com lume, que se afoga com fumo,
Se sou o meu futuro, significa que sou meu 
Mas e se já o fui?
Talvez tenha sido, bem lá no fundo...
Aparentemente perdi a oportunidade porque não me encontro
E eu sei que tu me viste mas deixaste-me ir
Mesmo sem reencontro, conto com o que se esconde
Já pensei em como seria se deixasse de resistir
Tem sido tudo tão triste, tem sido tudo tão feliz
Tenho vivido num paradoxo entre o que viste e o que fiz
É uma questão de percepção e eu sei bem o que disse
Que viver pela razão não significa ter juízo.

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